É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.
Pablo Neruda
*Não se preocupem caros cidadãos e cidadãs do mundo que visitam este blogue, eu não estou apaixonada. Apenas me deu vontade de ter aqui uma coisita de um senhor por quem eu me apaixonei aos 15 anos... e esta "relação" está a durar mais que o previsto...
2 comments:
O que vale é que o Pablo tem uma relação aberta com todas nós ;)
Já o Neruda, vá... deixa muito a desejar! eheh
Adoro este poema!
ahahahahahahahahahahah Viva o Pablo e abaixo o Neruda!!!! ahahahahah muah
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