O dia já vai longo. Engolir a correr uma espécie de jantar são os únicos 30 minutos que tenho para estar com uma amiga. Entre as garfadas e no meio da bonita conversa 'ai como eles nos sabem dar a volta tão bem' ela sai-se com esta: "às duas por três já estás naquela de que vocês têm uma coisa muita especial".
O ar sério e zangado dela contratava com os meus risos. Mas à medida que voltava ao meu estado normal percebi como a seta atingiu este alvo. É verdade. As mulheres são todas iguais, nós damos a volta aos nossos mundos para encontrar semelhanças com aquela pessoa... especial(?) E num abrir e fechar de olhos julgamos que vemos o outro lado de alguém. E aqui volto às palavras da minha amiga: "Nós não vemos outro lado, porque eles não têm outro lado".
Na realidade, qualquer homem pode ser boa pessoa/bom cozinheiro/ter bom gosto musical/ser um grande cinéfilo/escrever um livro/plantar uma árvore/ter filho e até - pasme-se -, gostar de crianças que isso não o impede ser um traste com as mulheres. Ou pelo menos connosco. Tudo tranquilo. Desde que se tenha consciência disso.
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