Saturday, March 31, 2012

Uma semana e meia de...

... Pesadelo.
Primeiro o iPhone morreu. Com ele levou a minha vidinha toda. Durante dois dias devo ter sido a pessoa que mais visitou a Vodafone, a Apple e a PC Clinic. No dia a seguir o computador apanhou não sei quantos mil vírus e com isto lá foram umas centenas de euros.
Entre isto tudo começo a sentir-me estranha, com a garganta a doer. Pensei que se resolvia com aulins e fiz-me à estrada para fazer a mini maratona. Milhares de pessoas que queriam fazer tudo menos correr. Ora para quem faz desporto e gosta de correr como eu, ser "travada" só porque alguém quer tirar uma fotografia a meio da ponte é um bocado chato. A juntar a tudo os ténis escorregavam no tabuleiro da ponte, não me espalhei ao comprido por pouco... Depois de cortar a meta começo a sentir o corpo quente, mas o aulin já não foi a tempo. Percebi que vinha aí mais uma amigdalite, mas mesmo assim fui trabalhar. À hora de jantar passei pelo COntinente para ter em casa o essencial para passar dois dias de febre e dores de garganta. (Pensei que estava a ser muito previdente) Quando desliguei o computador do jornal perto da meia noite fui direta às urgências da Cuf, o resultado foi o esperado. Amigdalite e otite que provocavam a tal febre. Antibiótico e montes de comprimidos a tomar. 39 minutos para os aviar na farmácia de serviço.... Ao fim disto tudo cheguei a casa a pensar que ao fim de dois dias já estaria a recuperar... Wrong!
Ao fim de quatro doses de antibiótico a febre aumentam e as dores também. Médico outra vez. Análises, injecçōes para as dores, febre, soro e antibiótico injectável que só começou a fazer efeito ao fim de QUATRO dias e não um, como era suposto. Médicos e mais médicos. Tirar ou não tirar as amígdalas. Trabalho Muito acumulado. Agenda totalmente caótica. Defesas muiiiiiito em baixo.
E ontem lá comecei a voltar à vida. Devagar que o tratamento ainda é para continuar e tenho ordens médicas de descanso... Anyway... O iPhone voltou, o computador também e tornei me a best friend do meu iPad. Life goes on.

Thursday, March 08, 2012

It was the best of times, it was the worst of times

Desde pequenina que sei que queria ser Jornalista. Não sei se o vou ser até ao fim da vida, mas tem sido com muita persistência que me tenho aguentado no barco.

Desde a escola secundária que sei que queria trabalhar no Público. À media que fui crescendo e amadurecendo ganhei vontade pelo caminho que queria ser profissionalmente. O Público era um dos jornais lá se casa. Do pequeno tamanho da minha altura habituei-me a lê-lo no chão. Para mim era enorme, tal e qual como o Expresso que eu só podia ler supervisionada para não "desmanchar" o jornal todo.

Cresci com o Público e foi por isso que um dos dias mais felizes foi aquele em que lá entrei para estagiar. Lembro do sol de inverno me bater na cara quando fui "entregue" à minha editora. Numa voz brusca, que em pouco tempo se tornou suave, ela avisou: estamos em campanha, não tenho tempo para ti". Cavaco estava a dias de ser eleito e eu comecei a semana na Ajuda, em plena campanha de Louçã.

A vida deu voltas que eu nunca imaginei e três meses depois era convidada a ficar no jornal. O salário era uma ninharia e veio de forma precária, mas era o meu sonho a concretizar-se. O Público, a política, a São José.

Saí de lá pouco mais de um ano depois. Pelo meio ficou a Casa Pua, os Conselhos de Redacção extraordinários, a campanha do aborto, a paridade, o Parlamento e a memória dos que "fizeram" a nossa liberdade e que eu ajudei a contar.

Foram dias extraordinários. Uns muito bons, outros muito maus. Guardo do jornal algumas pessoas para sempre. Mas nenhuma delas é minha amiga. E isso não tem mal nenhum, porque o que vivemos juntos faz com que eu as tenha para sempre na memória.

Hoje, trabalho no Expresso e é lá que tenho alguns dos meus amigos para a vida.

Sábado revi muitas das pessoas que fizeram parte do projecto de comunicação mais especial do país. Não se foi o melhor, mas foi o mais especial. Falei com todos com quem trabalhei de perto, abracei os que me eram mais chegados. Foi bom, muito bom. E, apesar de tudo o que se tenha metido pelo meio, valeu a pena. E sentir isso é do melhor da vida:-)