Wednesday, August 08, 2012

É óbvio que me arrependo mas

Acabei o dia com duas amigas numa versão de verão do drunch, num daqueles momentos confortáveis e, ao mesmo tempo, tão "Sexo e a Cidade".

Elas estão bem de coração. Pelo meio da conversa, entre trabalho, namorados, afilhados e futuros filhos, lá acabámos por chegar ao tópico de como se conhecem pessoas hoje em dia.

A questão é real e quem está solteira e a chegar aos 30 corre o risco de ficar ansiosa. Penso nisto muitas muitas vezes. É que apesar de me ser fácil conhecer pessoas, não consigo encontrar ninguém que me arrebate minimamente o coração.

O facto de me ter apaixonado por quem não está disponível emocionalmente não ajuda, é certo. Mesmo assim, não consigo deixar de pensar que o problema está em mim. Fui eu que não controlei o coração, fui eu que não fui capaz de ser racional e perceber que não chegaria a lado nenhum com aquela pessoa.

A m#$%a toda é que consigo guardar boas e más memórias do passado. De palavras que me ajudaram a ultrapassar traumas delicados. De atitudes que ainda hoje me desiludem.

É aos bons momentos que vou buscar a esperança para voltar a acreditar que, um dia, as borboletas voltarão felizes à minha barriga.

Daí, que em dia do aniversário DELE* a música só possa ser esta.

*Caetano Veloso

5 comments:

Ana Justo Morais said...

babe, o drunch foi óptimo, a repetir assim que a ásia te devolver, ok?

quanto ao resto, tenho a dizer-te que aprendi hands on que não somos super mulheres. e que coração não se controla, é provavelmente o único órgão do corpo humano que mais vida própria tem e assume quase sozinho o comando de muitos aspectos da nossa vida. ou morte.

não te prendas ao sentimento negativo do arrependimento, é uma sobrecarga desnecessária. foi uma vivência. podia ter sido mais feliz mas se o resultado foi desastroso apenas tens de assimilar a lição que este evento te trouxe. apre(e)ndido o conteúdo importante, arrumas no dossier e segues em frente, mais leve e mais solta.

guardas o que deves guardar, o que é bom e te faz bem, o resto, são despojos emocionais e não os deves carregar contigo ou a viagem é mais penosa.

o teu amor está aí, no mundo, à espera de te encontrar. tudo tem o seu timing e o teu não tarda. :)

carolina said...

:-) hope so! e foi tão bom ontem:-)

o jantar já está na agenda para assim que regressar.

PS: este blogue vai mudar de endereço em breve e só aí é que vou atualizar os links;-)

Meg said...

Minha querida,
já te devo ter dito isto mil vezes mas nunca é demais repetir.
As coisas acontecem todas por uma razão. E o teu coração está agora mais sofrido, mais dorido, mas também mais resistente. Porque é assim que se aprende, sobretudo, aquilo que se não quer da vida. E eu sei que tu sabes exatamente o que não queres. As borboletas na barriga vão voltar a aparecer quando te mostrares menos ansiosa. Quando estiveres tranquila e serena e sem esperar nada (quem sabe não será, as well, a caminha de uma ópera ali no Camões que descobres estar apaixonada?:P) O amor leva tempo. E não vale a pena tentar apressá-lo, para que o tombo não seja maior do que o que se quer. Não tenho a mínima dúvida de que vais encontrar a tua pessoa. Quando menos esperares. Provavelmente, quando menos quiseres :) *

In the meantime, I love you. Não chega, mas serve de prémio de consolação, vá :p

Clara Cymbron said...

My dear I love you too ;), sei que não é o mesmo mas serve para saberes o quanto és especial!

Lily said...

É mesmo como olhar ao espelho!! Neste caso infelizmente:p