Era uma sexta-feira em que toda a gente estava ocupada. Pela primeira vez, em três semanas, preparava-me para entrar de fim-de-semana.
Ao fim de algumas negas dos amigos mais próximos, completamente justificadas, decidi que o facto de estar sozinha não me devia impedir de fazer o que queria com aquele tempo livre.
Despi o preconceito e entrei no restaurante. "Queria uma mesa para uma pessoa, por favor", pedi convictamente. "Mesa só para um?" respondeu o empregado.
Confirmei a minha decisão, de novo com ar convicto, e ele lá acabou por me satisfazer o pedido, apesar do ar de pena.
No restaurante lá se levantaram um ou outro olhar de lado para me deitarem um "lamento por estares sozinha".
Ignorei. Paguei a conta e continuei o meu just for one night out. Próxima paragem: cinema. O mesmo ritual: "Bilhetes para quantas pessoas?"
"Sim é só mesmo para uma", respondi. Chego à sala para ver o filme e em vez de olhares de pena, reparo que não sou a única pessoa sem companhia...
A noite acabou por ser tranquila. É que antes de estarmos bem com outra pessoa, precisamos de estar bem connosco.
PS: Este post já tem uns meses
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