Well my time went so quickly,
I wentlickety-splickly out to my old '55
As I drove away slowly, feeling so holy, God
knows, I was feeling alive.
Now the sun's coming up, I'm riding with Lady
Luck, freeway cars and trucks,
Stars beginning to fade, and I lead the parade
Just a-wishing I'd stayed a little longer,
Oh, Lord, let me tell you that the feeling's
getting stronger.
And it's six in the morning, gave me no warning; I
had to be on my way.
Well there's trucks all a-passing me, and the
lights are all flashing,
I'm on my way home from your place.
And now the sun's coming up, I'm riding with Lady
Luck, freeway cars and trucks,
Stars beginning to fade, and I lead the parade
Just a-wishing I'd stayed a little longer,
Oh, Lord, let me tell you that the feeling's
getting stronger.
And my time went so quickly, I went
lickety-splickly out to my old '55
As I pulled away slowly, feeling so holy, God
knows, I was feeling alive.
Now the sun's coming up, I'm riding with Lady
Luck,
Freeway cars and trucks,
freeway cars and trucks,
freeway cars and trucks...
Tom Waits
Thursday, September 27, 2007
Tuesday, September 25, 2007
Estado de Espírito III
"Everyone must leave something behind when he dies, my grandfather said. A child or a book or a painting or a house or a wall built or a pair of shoes made. Or a garden planted. Something your hand touched some way so your soul has somewhere to go when you die, and when people look at that tree or that flower you planted, you're there."
in Farenheit 451
Monday, September 24, 2007
"Yes, I think to myself, what a wonderful world"
É uma das nossas músicas favoritas. Sempre que a oiço volto aos nossos dias felizes sem preocupações. Basta-me fechar os olhos e estamos sentadas nas últimas duas carteiras da primeira fila.
"É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças."
in Pablo Neruda
"É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças."
in Pablo Neruda
Às vezes o amor...
Para a C. e para o J.
"Que hei-de eu fazer
Eu tão nova e desamparada
Quando o amor
Me entra de repente
P´la porta da frente
E fica a porta escancarada
Vou-te dizer
A luz começou em frestas
Se fores a ver
Enquanto assim durares
Se fores amada e amares
Dirás sempre palavras destas
P´ra te ter
P´ra que de mim não te zangues
Eu vou-te dar
A pele, o meu cetim
Coração carmesim
As carnes e com elas sangues
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês, é dor,
é cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo
E se um dia a razão
Fria e negra do destino
Deitar mão
À porta, à luz aberta
Que te deixe liberta
E do pássaro se ouça o trino
Por te querer
Vou abrir em mim dois espaços
P´ra te dar
Enredo ao folhetim
A flor ao teu jardim
As pernas e com elas braços
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês, é dor,
É cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo
Mas se tudo tem fim
Porquê dar a um amor guarida
Mesmo assim
Dá princípio ao começo
Se morreres só te peço
Da morte volta sempre em vida
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor,
É cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo
Da morte volta sempre em vida."
Sérgio Godinho
"Que hei-de eu fazer
Eu tão nova e desamparada
Quando o amor
Me entra de repente
P´la porta da frente
E fica a porta escancarada
Vou-te dizer
A luz começou em frestas
Se fores a ver
Enquanto assim durares
Se fores amada e amares
Dirás sempre palavras destas
P´ra te ter
P´ra que de mim não te zangues
Eu vou-te dar
A pele, o meu cetim
Coração carmesim
As carnes e com elas sangues
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês, é dor,
é cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo
E se um dia a razão
Fria e negra do destino
Deitar mão
À porta, à luz aberta
Que te deixe liberta
E do pássaro se ouça o trino
Por te querer
Vou abrir em mim dois espaços
P´ra te dar
Enredo ao folhetim
A flor ao teu jardim
As pernas e com elas braços
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês, é dor,
É cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo
Mas se tudo tem fim
Porquê dar a um amor guarida
Mesmo assim
Dá princípio ao começo
Se morreres só te peço
Da morte volta sempre em vida
Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor,
É cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo
Da morte volta sempre em vida."
Sérgio Godinho
Caminho
Há seis anos que o ritual é o mesmo. Tu de ténis e eu de saltos altos. Eu ansiosa, tu descontraída. Eu pessimista, tu optimista. (Ainda te lembras da metáfora do autocarro?) A verdade é que o caminho tem sido sempre feito lado a lado.
Aos poucos fomos-nos entrelaçando na vida uma da outra. Devagarinho. Tu primeiro, eu depois. Ou terá sido ao contrário?! Desde o dia em que nos cruzámos no fim da frequência de pesquisa do 1º ano. Na altura, avisaram-nos que pessoas tão diferentes não podiam ser amigas. Era impossível.
Hoje, ocupas um lugar especial na galeria dos amigos. Fazes parte das memórias dos meus dias mais felizes, aconteça o que acontecer. (Não é também isto o amor?)
Por isso, venham de lá as alegrias e as tristezas. Os dias bons e os dias maus. Estou contigo para o resto do caminho.
Para a C.
Aos poucos fomos-nos entrelaçando na vida uma da outra. Devagarinho. Tu primeiro, eu depois. Ou terá sido ao contrário?! Desde o dia em que nos cruzámos no fim da frequência de pesquisa do 1º ano. Na altura, avisaram-nos que pessoas tão diferentes não podiam ser amigas. Era impossível.
Hoje, ocupas um lugar especial na galeria dos amigos. Fazes parte das memórias dos meus dias mais felizes, aconteça o que acontecer. (Não é também isto o amor?)
Por isso, venham de lá as alegrias e as tristezas. Os dias bons e os dias maus. Estou contigo para o resto do caminho.
Para a C.
Etiquetas:
Amizade,
Catarina,
Memórias dos dias mais felizes
Lembrar os momentos que nos marcaram I
(Um post para a C.)
Acalma-me acreditar que os que partem vão para um lugar melhor, deste onde nos encontramos.
A imagem da perda é muito dura. Não consigo pensá-la como um fim. Antes o começo de uma qualquer etapa, que eu não sei como é.
Quando passam os meus dias de Alberto, e a minha procura por uma verdade definita e perfeita, procuro os que partiram.
Encontro o meu avô nos desenhos animados que víamos juntos. Sei que está sempre sentado na ponta do sofá, pronto para me contar uma história.
A minha bisavó Cença passeia-se pela casa, como se marchasse. Ficou-lhe o hábito da infância, por ter sido criada por um republicano. É sempre ela que abre a porta quando ajudamos alguém.
Todos os dias oiço o barulho do meu avô Carlos a escrever à máquina. O pai dele é a pessoa de cachimbo, que anda sempre carregada de livros, a discutir um mundo diferente.
O meu trisavô vive nas memórias da República. É esse princípio, o de um estado laico e igualitário para todas as classes, a origem das nossas ideias cá em casa.
Sei que sempre que caio me amparam as quedas. Estão sempre aqui. Ao pé de mim.
A tua avó continua aqui. Continua na tua mãe, em ti, e no teu mano.
Está presente nos hamburgos, no “ódio” aos comunistas, na crença de nossa Srª. Nas lágrimas de saudades que perdes, sem saber bem porquê. Na dignidade da tua mãe, que passou para ti.
Ela é uma das pessoas que vejo na tua cara quando falas de amor.
São dela as histórias que ouves à noite, na beira da cama.
Acalma-me acreditar que os que partem vão para um lugar melhor, deste onde nos encontramos.
A imagem da perda é muito dura. Não consigo pensá-la como um fim. Antes o começo de uma qualquer etapa, que eu não sei como é.
Quando passam os meus dias de Alberto, e a minha procura por uma verdade definita e perfeita, procuro os que partiram.
Encontro o meu avô nos desenhos animados que víamos juntos. Sei que está sempre sentado na ponta do sofá, pronto para me contar uma história.
A minha bisavó Cença passeia-se pela casa, como se marchasse. Ficou-lhe o hábito da infância, por ter sido criada por um republicano. É sempre ela que abre a porta quando ajudamos alguém.
Todos os dias oiço o barulho do meu avô Carlos a escrever à máquina. O pai dele é a pessoa de cachimbo, que anda sempre carregada de livros, a discutir um mundo diferente.
O meu trisavô vive nas memórias da República. É esse princípio, o de um estado laico e igualitário para todas as classes, a origem das nossas ideias cá em casa.
Sei que sempre que caio me amparam as quedas. Estão sempre aqui. Ao pé de mim.
A tua avó continua aqui. Continua na tua mãe, em ti, e no teu mano.
Está presente nos hamburgos, no “ódio” aos comunistas, na crença de nossa Srª. Nas lágrimas de saudades que perdes, sem saber bem porquê. Na dignidade da tua mãe, que passou para ti.
Ela é uma das pessoas que vejo na tua cara quando falas de amor.
São dela as histórias que ouves à noite, na beira da cama.
Thursday, September 20, 2007
Chelsea Morning
Woke up, it was a chelsea morning, and the first thing that I heard
Was a song outside my window, and the traffic wrote the words
It came a-reeling up like christmas bells, and rapping up like pipes and drums
Oh, wont you stay
Well put on the day
And well wear it till the night comes
Woke up, it was a chelsea morning, and the first thing that I saw
Was the sun through yellow curtains, and a rainbow on the wall
Blue, red, green and gold to welcome you, crimson crystal beads to beckon
Oh, wont you stay
Well put on the day
Theres a sun show every second
Now the curtain opens on a portrait of today
And the streets are paved with passers
byAnd pigeons fly
And papers lie
Waiting to blow away
Woke up, it was a chelsea morning, and the first thing that I knew
There was milk and toast and honey and a bowl of oranges, too
And the sun poured in like butterscotch and stuck to all my senses
Oh, wont you stay
Well put on the day
And well talk in present tenses
When the curtain closes and the rainbow runs away
I will bring you incense owls by night
By candlelight
By jewel-lightIf only you will stay
Pretty baby, wont you
Wake up, its a chelsea morning
Joni Mitchell
Was a song outside my window, and the traffic wrote the words
It came a-reeling up like christmas bells, and rapping up like pipes and drums
Oh, wont you stay
Well put on the day
And well wear it till the night comes
Woke up, it was a chelsea morning, and the first thing that I saw
Was the sun through yellow curtains, and a rainbow on the wall
Blue, red, green and gold to welcome you, crimson crystal beads to beckon
Oh, wont you stay
Well put on the day
Theres a sun show every second
Now the curtain opens on a portrait of today
And the streets are paved with passers
byAnd pigeons fly
And papers lie
Waiting to blow away
Woke up, it was a chelsea morning, and the first thing that I knew
There was milk and toast and honey and a bowl of oranges, too
And the sun poured in like butterscotch and stuck to all my senses
Oh, wont you stay
Well put on the day
And well talk in present tenses
When the curtain closes and the rainbow runs away
I will bring you incense owls by night
By candlelight
By jewel-lightIf only you will stay
Pretty baby, wont you
Wake up, its a chelsea morning
Joni Mitchell
Wednesday, September 19, 2007
Tenho 24 anos
24 anos
Carolina
Carolina
Nos seus olhos fundos
Guarda tanta dor
A dor de todo esse mundo
Eu já lhe expliquei que não vai dar
Seu pranto não vai nada mudar
Eu já convidei para dançar
É hora, já sei, de aproveitar
Lá fora, amor
Uma rosa nasceu
Todo mundo sambou
Uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo
Pela janela, ói que lindo
Mas Carolina não viu
Carolina
Nos seus olhos tristes
Guarda tanto amor
O amor que já não existe
Eu bem que avisei, vai acabar
De tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar
Agora não sei como explicar
Lá fora, amor
Uma rosa morreu
Uma festa acabou
Nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
Só Carolina não viu
Chico Buarque 1967.
Friday, September 14, 2007
Quase 24 II
"Este céu passará e então teu riso descerá dos montes pelos rios até desaguar no nosso coração"
Ruy Belo
Estado de Espírito III
No one knows I´m gone
Hell above and Heaven below
All the trees are gone
The rain made such a lovely sound
To those who are six feet under ground
The leaves will bury every year
And no one knows I’m gone
Live me golden tell me dark
Hide from Graveyard John
The moon is full here every night
And I can bathe here in his light
The leaves will bury every year
And no one knows I’m gone
Tom Waits
Hell above and Heaven below
All the trees are gone
The rain made such a lovely sound
To those who are six feet under ground
The leaves will bury every year
And no one knows I’m gone
Live me golden tell me dark
Hide from Graveyard John
The moon is full here every night
And I can bathe here in his light
The leaves will bury every year
And no one knows I’m gone
Tom Waits
Thursday, September 13, 2007
Headlines
Billy: It's finding the center of your story, the beating heart of it, that's what makes a reporter. You have to start by making up some headlines. You know: short, punchy, dramatic headlines. Now, have a look, what do you see? [Points at dark clouds at the horizon]
Billy: Tell me the headline.
Quoyle: Horizon Fills With Dark Clouds?
Billy: Imminent Storm Threatens Village.
Quoyle: But what if no storm comes?
Quase 24...
Não posso, minimamente, queixar-me da vida. (Se houve coisa que deu para perceder nos últimos dias na América Latina foi isso.)
Nesta fase de transição para os 24, essa idade terrível que está apenas a um ano de um quarto de século, penso sempre no que poderia ter feito. Ainda não vivi em Nova York, não fui voluntária em África, não viajei 6 meses pela Ásia. Mas o pensamento mais aterrador é se algum dia farei alguma destas coisas...
Há sempre uma nostalgia que me invade nas vésperas dos meus anos. A cada ano que passa, a expectativa aumenta. O medo também. (Aquele horrível sentimento de não ter a certeza de que se é capaz)
Nesta fase de transição para os 24, essa idade terrível que está apenas a um ano de um quarto de século, penso sempre no que poderia ter feito. Ainda não vivi em Nova York, não fui voluntária em África, não viajei 6 meses pela Ásia. Mas o pensamento mais aterrador é se algum dia farei alguma destas coisas...
Há sempre uma nostalgia que me invade nas vésperas dos meus anos. A cada ano que passa, a expectativa aumenta. O medo também. (Aquele horrível sentimento de não ter a certeza de que se é capaz)
Wednesday, September 12, 2007
Impressões do Brasil I
Ordem e Progresso diz a bandeira do Brasil. Nada mais irónico para o maior país da América Latina, onde é "normal" existirem crianças a sobreviver na rua e que se agarram às pernas dos turistas por comida. No país onde as garotinhas, de 15 anos para baixo, se oferecem na praia aos turistas, por qualquer trocado.
Nos últimos 15 dias, deu para ver que o Brasil, ainda, não passou de uma promessa.
Nos últimos 15 dias, deu para ver que o Brasil, ainda, não passou de uma promessa.
Subscribe to:
Posts (Atom)