Às vezes é a maneira como coloca a mão em cima da mesa no meio de uma conversa acesa. Outras vezes é a quando me vejo ao espelho a sorrir, quase de perfil. De cada vez que as calças ou os vestidos me custam a passar na anca, lembro-me sempre da minha mãe.
Nós não somos a cara-chapada uma da outra. Mas há em mim tanto dela. Tanto.
É da minha mãe que me vem a força, a vontade, a capacidade de resposta. O teimar, sim eu também teimo em teimar. É aos mimos dela que vou buscar energia quando estou em baixo.
Foi com a minha mãe que aprendi que a palavra amor pode ter múltiplos significados. É nela que eu penso, quando penso que quero ser alguém.
E naqueles momentos em que quase desabo, lembro-me dos momentos em que ela quase desabou. E vejo o quanto ela é tão mais forte do que eu e o quanto eu quero ser assim. Um dia, quando for grande.
2 comments:
Gostei muito de ler palavras tão bonitas a meu respeito. O pormenor da mão revela uma perspicácia enorme, ensinando-me algo de mim prórpia que eu desconhecia.
Sabes que gosto de falar com as mãos, com os pés, enfim, com o corpo todo.
Tenho a certeza que serás ainda mais forte do que eu, saíste de mim, tens de ser. É melhor que as adversidades desistam, pois não levarão a melhor.
Beijos na alma da
Mamã do Coração Amigo, que nunca atira a toalha ao chão
:)
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