De uma forma estranha acabou por ser O Ano. Não porque me tenha trazido amor eterno, ou o trabalho da minha vida. Não foi o ano em que me tornei mãe, plantei uma árvore ou escrevi um livro.
Foi um ano de barreiras. Algumas delas já se vinham construindo há mais tempo, mas só em 2010 se ergueram no meu caminho.
2010 foi... o ano de todas revelações. Das boas, daquelas que surpreendem e arrepiam até à raiz do cabelo, que deixam ligações a pessoas para toda a vida.
Das más, daquelas em que vemos que o fundo de barro que habita em cada um de nós supera tudo.
Foi o ano das descobertas. Das mais pequeninas, como o gosto por um copo a noite toda. Das maiores, como saber o que se quer e o que nos faz bem.
Com as descobertas vieram as paixões, as loucuras, a espontaneidade, o colocar-me em primeiro, o aceitar as desilusões.
2010 foi O Ano. Para o bem e para o mal, deu-me forças e capacidades que eu desconhecia ter em mim.
Monday, December 27, 2010
Friday, December 24, 2010
Feliz Natal
In sweet accord we thank the Lord
For a Christmas auld lang syne
Seja no que for que acreditem, lembrem-se que o Natal é luz. Boas Festas!!!!
Sunday, December 19, 2010
Sabem quando conseguem ser todas as personagens da vossa vida?
Tipo: a filha, a madrinha, a tia, a amiga, a profissional... e por aí fora... Pois é, tenho andado a sê-lo, com sucesso, e de saltos altos!
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Sunday, December 12, 2010
A minha mãe conhece-me
Com a casa nova, o trabalho, o Natal à porta, os amigos, o Manuel que aí vem, tinha decidido que não haveria grandes decorações natalícias no meu T2.
Pensei que comprava as decorações nos saldos em Janeiro e fazia a festa com uma coroa na porta e a gigante árvore em casa dos meus pais. Mas... não resisti e comprei uma árvore... desta vez artificial (há que ser responsável). Fui ao fundo do baú e trouxe um presépio que tinha comprado no México. (sou agnóstica mas adoro presépios, ok?)
Achei que bastavam meia dúzia de bolas, só sentir o Natal cá em casa, daí que tenha dito à minha mãe que não valia a pena ela comprar-me muitos enfeites.
Mas a minha mãe conhece-me. Um dia destes chego a casa e tinha um saco com algumas bolas importantes: uma comprada na Jamaica, o urso que a A. me trouxe de Londres, a bola da Unicef dada pela C, e as bolas que comprei na Disney com The Twelve Days of Christmas . Ela não sabe só do que eu gosto. Sabe que gosto de coisas com significado. Que um enfeite da árvore de Natal não é só um enfeite. Tem um significado.
Pensei que comprava as decorações nos saldos em Janeiro e fazia a festa com uma coroa na porta e a gigante árvore em casa dos meus pais. Mas... não resisti e comprei uma árvore... desta vez artificial (há que ser responsável). Fui ao fundo do baú e trouxe um presépio que tinha comprado no México. (sou agnóstica mas adoro presépios, ok?)
Achei que bastavam meia dúzia de bolas, só sentir o Natal cá em casa, daí que tenha dito à minha mãe que não valia a pena ela comprar-me muitos enfeites.
Mas a minha mãe conhece-me. Um dia destes chego a casa e tinha um saco com algumas bolas importantes: uma comprada na Jamaica, o urso que a A. me trouxe de Londres, a bola da Unicef dada pela C, e as bolas que comprei na Disney com The Twelve Days of Christmas . Ela não sabe só do que eu gosto. Sabe que gosto de coisas com significado. Que um enfeite da árvore de Natal não é só um enfeite. Tem um significado.
Friday, December 10, 2010
2010
Foi bom. Mais que bom.
Apesar das coisas más que aconteceram em 2010, a verdade é que não me posso queixar de nada. Mesmo.
Há que ser justa. Não me faltou nada a nível material. Tenho uma casa nova, completamente feita à minha maneira. Consegui dar a volta aos percalços no trabalho, ainda que as olheiras "abundem" em mim. Enterrei pessoas que me fizeram mal, mas sem rancores. Voltei a sentir o coração a palpitar, e isso é sempre bom, até porque sem acabar num final feliz, a história foi maravilhosa:)
Não peço muito para 2011. Se puder, que continue assim... mais ou menos
Apesar das coisas más que aconteceram em 2010, a verdade é que não me posso queixar de nada. Mesmo.
Há que ser justa. Não me faltou nada a nível material. Tenho uma casa nova, completamente feita à minha maneira. Consegui dar a volta aos percalços no trabalho, ainda que as olheiras "abundem" em mim. Enterrei pessoas que me fizeram mal, mas sem rancores. Voltei a sentir o coração a palpitar, e isso é sempre bom, até porque sem acabar num final feliz, a história foi maravilhosa:)
Não peço muito para 2011. Se puder, que continue assim... mais ou menos
Thursday, December 09, 2010
Primeiro mês
Começo-lhe a conhecer os cantos. Não me perco no caminho, nem tenho medo do escuro à noite. Convivo bem nesta união de facto. Eu e ela, a minha casa nova, já celebramos o primeiro mês de vida a dois.
Tuesday, December 07, 2010
Manuel II
Agora que já lhe vi o coração, que já o ouvi respirar, que sei que já está em posição para cá chegar, fico mais descansada.
Quando no fim de Janeiro o tiver ao colo sei que a vida se vai encher ainda mais. Tenho um mar de amor e mimos para lhe dar. Está quase cá o Manuel.
Quando no fim de Janeiro o tiver ao colo sei que a vida se vai encher ainda mais. Tenho um mar de amor e mimos para lhe dar. Está quase cá o Manuel.
Monday, December 06, 2010
Dos filmes para a vida
Norma Rae: Forget it! I'm stayin' right where I am. It's gonna take you and the police department and the fire department and the National Guard to get me outta here!
in Norma Rae 1979
Sem medo
Querida P,
É, talvez, das maiores virtudes e também dos maiores defeitos: a capacidade olhar o medo de frente.
Pegando numa expressão tua, "mulheres como nós" caem, levantam-se e ficam com medo de voltar a cair. Mas por mais voltas e reviravoltas que a vida dê acabam por ir às entranhas buscar coragem para enfrentar o medo. Começam por lhe dizer baixinho que não vale a pena ele insistir, pois tudo pode acontecer. Depois tornam-se nos mais frontais seres do mundo para lhe dizer "que se lixe, vou arriscar".
Depois de te ter visto, vezes demais, no meio da tempestade sabe-me bem ver-te encontrar a bonança. Sabe-me bem.
É, talvez, das maiores virtudes e também dos maiores defeitos: a capacidade olhar o medo de frente.
Pegando numa expressão tua, "mulheres como nós" caem, levantam-se e ficam com medo de voltar a cair. Mas por mais voltas e reviravoltas que a vida dê acabam por ir às entranhas buscar coragem para enfrentar o medo. Começam por lhe dizer baixinho que não vale a pena ele insistir, pois tudo pode acontecer. Depois tornam-se nos mais frontais seres do mundo para lhe dizer "que se lixe, vou arriscar".
Depois de te ter visto, vezes demais, no meio da tempestade sabe-me bem ver-te encontrar a bonança. Sabe-me bem.
Wednesday, December 01, 2010
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