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Subitamente o tempo parou de contar. Sem querer agarrei o momento e pedi aos deuses que o congelassem. Eternizei-o.
Deixei-o assim por largos meses. Não quis saber do que acontecia à volta. Violei as leis, quebrei as regras, parti todos os relógios que havia em casa. Fingi que nada me afectava. Continuei a eternizar o momento.
Escondi os medos na gaveta. Ignorei os alertas que pareciam vir do futuro. Não quis saber. Desliguei. De tudo.
Mandei o mundo ao ar e fui dar uma volta no... autêntico carrossel das emoções. Joguei a carta mais alta do baralho.
Acabei por perder a aposta. E subitamente os ponteiros do relógio voltaram a contar o tempo.
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