Fiz, há uns dias, a minha primeira incursão pela Feira do Livro, como é habitual todos os anos. E, como sempre, reparei que a Feira está mais pequena, que as pessoas passeiam mais do que compram livros, que a crise económica atinge, todos os anos, o mercado dos livros.
Estava eu com estes pensamentos a subir o Parque Eduardo VII, quando me deparo com a primeira fila, enorme, de gente de livro na mão entusiasmada e pronta para pedir um autógrafo. Movida pela curiosidade espreito pelo meio da pequena multidão, e enquanto tentava passar pelos fotógrafos e fãs pensava "deve ser o Lobo Antunes ou o Saramago", e qual não é o meu espanto quando vejo que é o Vítor Baía.
Que fique bem claro: eu não tenho nada contra o jogador, mas não lhe reconheço méritos de grande escritor que justifique tamanha fila. Mas, o meu espanto não se ficou por ali, à medida que ia passeando pela Feira, vejo o Carlos Vaz Marques, a Marta Crawford, o José Rodrigues dos Santos sem filas como as do jogador Baía. A tentar igualar a assistência do jogador só mesmo Lobo Antunes e Saramago, mesmo sim tinham menos gente e menos imprensa... É um sinal dos tempos em que vivemos...
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