Antes dos grandes nomes jornalísticos, das grandes entrevistas e do frenesim mediático, esta menina percebeu que num sótão em Alfama nascia um grito de revolta.
Foi ouvir os três pares de mãos que lhe davam forma. Palmilhou meio país à procura de rostos da precariedade.
É graças às mãos dela que milhares de leitores levaram um murro no estômago quando confrontados com a vida dos que vivem na corda bamba. Nas últimas semanas, colocou-se em segundo lugar e mostrou um Portugal que todos gostam de deixar debaixo do tapete. Aquele trabalha sem certezas do amanhã, o que estica o saldo negativo para pagar as contas, o que tem um trabalho e não um emprego.
Tenho a sorte de ter orgulho em todos os meus amigos, mas neste momento o sentimento vai todo para a Paula Cosme Pinto. Sem medos e sozinha deu voz a milhares de pessoas que não a têm. Isto só tem um nome: Jornalismo, com "J" grande.
Por mim... Obrigada!
1 comment:
A Cosminha além de uma grande mulher é uma grande jornalista - que pega em qualquer assunto com uma enorme sensibilidade. Fez um ótimo trabalho como já nos habituámos...e mostrou 'estórias' que contribuíram para acordar e mobilizar todos. É disso que precisamos :)!!
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