Já nos habituámos a não pedir autorização para entrar nos respectivos mundos.
Chego cansada sempre que me abres a porta. Não é que o suor me escorra pela cabeça. Não é isso. É um cansaço de dever cumprido, mas ao mesmo tempo de quem acabou de sair das trincheiras.
Saio, furiosamente, do mundo para o teu recanto. As mil e uma peles, que uso nas minhas mil e uma tarefas, ficam à porta. Tiro os saltos altos e liberto-me. O relógio salta do pulso a uma velocidade que me faz esquecer, frequentemente, do sítio para onde foi.
E,calmamente, fico mais calma. É uma tranquilidade enorme que deita por terra o meu Vietname. E pronto. Enrosco-me, sem pedir licença, no teu ninho. Conforto-me no desconforto que mesmo o caos calmo pode ter. É bom.
Amanhã recomeço. Hoje não.
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